A RESERVA DA JURÉIA ESTÁ DOENTE


A RESERVA DA JURÉIA ESTÁ DOENTE
Por Atilio Coelho
Em março passado, estivemos na reserva ecológica da Juréia-Itatins, reserva localizada entre os municípios de Peruíbe e Iguape, localizados no litoral sul do estado de São Paulo.
Após um verão de fortes chuvas, a mata daquela região não demonstra o mesmo vigor de antes, e para nossa surpresa, constatamos que em diversos pontos da mata haviam ocorrido deslizamentos de terra. Alguns na base dos morros e em outros locais no alto delas.
É verdade que o parque não tem recebido a proteção necessária, recentemente reformaram seu portal de entrada e na área da Cachoeira Paraíso, localizados no núcleo Itinguçu, mas o mesmo não passa de apenas uma maquiagem em relação ao que efetivamente tem de ser feito para proteger a floresta, pois a administração local não consegue impedir desmatamentos e novas invasões no interior da reserva, que aos poucos vai se tornando um grande bairro, dadas às tantas construções e de forma contínua, umas as outras, dando a impressão de estarmos apenas em uma área rural, mas nunca numa reserva ambiental.
Para piorar a situação, o deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, senhor José Zico Prado conseguiu aprovar lei que garante a permanência daqueles que invadiram o parque, criando condições para que lá permaneçam. Tal lei permite a construção de toda uma infra-estrutura, dando plenas condições de permanência àquelas famílias.
Quando em um evento questionei o deputado Zico a respeito desta lei e de suas conseqüências nefastas à reserva, sua resposta foi evasiva.
Um bom exemplo foi à efetivação de três linhas de ônibus “urbanos”, sendo que uma delas atinge o bairro do Guaraú já no perímetro do parque. As outras duas seguem para o interior da reserva, um até a Cachoeira Paraíso, que na verdade dá acesso a um bairro formado por posseiros, e a outra segue até a chamada Barra do Uma – 14 kms a frente -, que até o início da década de 90 não passava de uma aldeia de pescadores, mas hoje já abriga grande comunidade que explora o turismo local, com pousadas, pequenos restaurantes e campings.
Mas porque ocorreram ali tantos deslizamentos, se o mesmo não ocorreu nas encostas do Parque Estadual da Mata Atlântica, muito próximo a Juréia/Itatins?
O Parque da Mata Atlântica ainda sofre diversas intervenções, pois além dos diversos desmatamentos em seu entorno, há o forte tráfego de automóveis e caminhões, o mesmo não ocorre com a Juréia, pois se comparados os desmatamentos de ambos os sistemas, aqueles que ocorrem na Juréia são bem menores, e o tráfego de veículos nem se compara, pois somente a rodovia Pedro Taques corta a área do parque nos municípios de Itariri e Pedro de Toledo, rumo a BR 116, e assim mesmo o tráfego é bastante reduzido se comparado com as diversas rodovias que cortam o Parque Estadual da Mata Atlântica.
Desta forma, por qual razão ocorreram tantos deslizamentos nos morros da Juréia-Itatins?
Faz-se necessário uma ação mais firme por parte da administração daquela reserva florestal - Juréia/Itatins -, pois tais deslizamentos representam obviamente um sinal de alerta da natureza.
Em março passado, estivemos na reserva ecológica da Juréia-Itatins, reserva localizada entre os municípios de Peruíbe e Iguape, localizados no litoral sul do estado de São Paulo.
Após um verão de fortes chuvas, a mata daquela região não demonstra o mesmo vigor de antes, e para nossa surpresa, constatamos que em diversos pontos da mata haviam ocorrido deslizamentos de terra. Alguns na base dos morros e em outros locais no alto delas.
É verdade que o parque não tem recebido a proteção necessária, recentemente reformaram seu portal de entrada e na área da Cachoeira Paraíso, localizados no núcleo Itinguçu, mas o mesmo não passa de apenas uma maquiagem em relação ao que efetivamente tem de ser feito para proteger a floresta, pois a administração local não consegue impedir desmatamentos e novas invasões no interior da reserva, que aos poucos vai se tornando um grande bairro, dadas às tantas construções e de forma contínua, umas as outras, dando a impressão de estarmos apenas em uma área rural, mas nunca numa reserva ambiental.
Para piorar a situação, o deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, senhor José Zico Prado conseguiu aprovar lei que garante a permanência daqueles que invadiram o parque, criando condições para que lá permaneçam. Tal lei permite a construção de toda uma infra-estrutura, dando plenas condições de permanência àquelas famílias.
Quando em um evento questionei o deputado Zico a respeito desta lei e de suas conseqüências nefastas à reserva, sua resposta foi evasiva.
Um bom exemplo foi à efetivação de três linhas de ônibus “urbanos”, sendo que uma delas atinge o bairro do Guaraú já no perímetro do parque. As outras duas seguem para o interior da reserva, um até a Cachoeira Paraíso, que na verdade dá acesso a um bairro formado por posseiros, e a outra segue até a chamada Barra do Uma – 14 kms a frente -, que até o início da década de 90 não passava de uma aldeia de pescadores, mas hoje já abriga grande comunidade que explora o turismo local, com pousadas, pequenos restaurantes e campings.
Mas porque ocorreram ali tantos deslizamentos, se o mesmo não ocorreu nas encostas do Parque Estadual da Mata Atlântica, muito próximo a Juréia/Itatins?
O Parque da Mata Atlântica ainda sofre diversas intervenções, pois além dos diversos desmatamentos em seu entorno, há o forte tráfego de automóveis e caminhões, o mesmo não ocorre com a Juréia, pois se comparados os desmatamentos de ambos os sistemas, aqueles que ocorrem na Juréia são bem menores, e o tráfego de veículos nem se compara, pois somente a rodovia Pedro Taques corta a área do parque nos municípios de Itariri e Pedro de Toledo, rumo a BR 116, e assim mesmo o tráfego é bastante reduzido se comparado com as diversas rodovias que cortam o Parque Estadual da Mata Atlântica.
Desta forma, por qual razão ocorreram tantos deslizamentos nos morros da Juréia-Itatins?
Faz-se necessário uma ação mais firme por parte da administração daquela reserva florestal - Juréia/Itatins -, pois tais deslizamentos representam obviamente um sinal de alerta da natureza.
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