A TOCA DA ONÇA

A pesquisa de campo muitas vezes nos reserva experiências tão inusitadas e muitas vezes bastante divertidas, mas que somente são contadas em encontros de pesquisadores. Certa vez em Iporanga, município localizado no sul do estado de São Paulo, o falecido Nadier, misto de pastor evangélico e pesquisador, um senhor que residiu praticamente toda sua vida naquela cidade, costumava nos acompanhar em nossas visitas naquela região. Naquela oportunidade, ele nos alertou que não era seguro o local onde costumávamos ficar para a realização de vigílias, por causa de uma onça que utilizava uma gruta logo abaixo do local onde costumávamos passar a noite. Mas não pelo fato daquele animal utilizar uma gruta logo abaixo de onde ficávamos, mas pelo fato dela ter dado cria naqueles dias. Prometemos ao ancião que iríamos redobrar o cuidado. De comum acordo e no entardecer decidimos seguir para o ponto de vigília. Naquela oportunidade, contávamos com a companhia de um famoso pesquisador que prefiro não revelar o nome, porque certamente não autorizaria esta narrativa, pelo motivo do que contarei a seguir. Chamemo-lo de S.S. Seguimos para o local, fizemos o reconhecimento da região, se bem que já conhecia pelas tantas vezes que fui para lá. S.S sugeriu que deveríamos descer o vale e subirmos a montanha logo a frente a fim de conhecermos o outro lado daquela elevação a nossa frente. Tal proposta gerou nova advertência do Nadier, pois para isto teríamos de entrar no território da onça. Mesmo assim decidimos descer. Mas S.S. apesar da fama é um pesquisador acostumado a pesquisa em cidades, não sabia andar em trilhas fechadas, e isso dificultou nossa incursão por aquela mata. Mesmo assim, conseguimos atingir nosso objetivo, onde S.S. pôde conferir a região e fazer seus registros fotográficos. No retorno, tínhamos de caminhar rápido, pois o sol estava para se pôr e logo escureceria tornando ainda mais difícil nossa caminhada pela mata. Foi então que S.S. se apoiou em um tronco podre que quebrou por não ter suportado o peso do pesquisador, fazendo-o perder o equilíbrio me puxando em busca de apoio. Resultado, foram os dois rolando ribanceira abaixo e até o fundo do vale em um leito seco de rio. Naquela situação, com pouca claridade, pois já anoitecia e sem trilha para seguir, seguimos tateando a montanha no encalço da trilha que certamente estaria a nossa frente. Foi aí que nos deparamos com uma abertura de uns dois metros de altura por uns quatro de comprimento, além de um cheiro forte e característico de felinos. Foi aí que um olhou para o outro de olhos arregalados e juntos gritamos, “a onça!”. Esquecemos as dificuldades, a falta de visão e corremos o máximo que pudemos até que encontramos a trilha que conduzia ao ponto de vigília. Por sorte a bichana ainda dormia e não se deu conta de nossa presença a frente de sua toca. Esta é uma das tantas histórias que você não lerá em revista alguma, mas que fazem parte da pesquisa ufológica. Depois contarei mais.

Comentários

  1. Paulo Heitor8:24 PM

    Essa historia foi boa.
    . Pra sorte de voces o bicho devia estar dormindo.

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